Do que me é possível perceber, as pessoas mais cansadas, são, na realidade, as pessoas que se confrontam diariamente com tarefas emocionais. E que, diariamente, se confrontam com um desejo de mudança que não se concretiza. O que nos cansa verdadeiramente? O desejo de que algo em nós e na nossa vida mude, quando em simultâneo, acreditamos que isso não vai acontecer.
Alguns dos maiores sugadores de energia nas nossas vidas são:
- Acreditar que temos pouco poder sobre as coisas que acontecem na nossa vida;
- Acreditar que deveríamos ser melhores e fazer melhor do que o que fazemos. A exigência excessiva, rígida e desmesurada é um aspirador gigante de energia (seja auto-dirigida ou dirigida a outros);
- Travar lutas no exterior que pertencem ao interior. Isto acontece quando negamos o nosso estado emocional e o projectamos nos acontecimentos à nossa volta (p. e. quando saio de casa zangada e culpo o trânsito, a antipatia das pessoas, os buracos na rua pela causa do meu mal estar. Ou se estou deprimida e digo que é o frio, a chuva ou os meus colegas que nem notaram que cheguei ao trabalho);
- Estados emocionais como a tristeza, zanga, raiva, ressentimento, também são "bons" sugadores de energia;
- A falta de recursos como a assertividade, capacidade de pedir ajuda, definição de metas, auto-estima e gratidão;
- Querer cumprir as expectativas que os outros têm relativamente a nós ou dar demasiada importância ao que os outros pensam.
Tirando todos estes factores, é importante percebermos porque é que algumas pessoas parecem manter-se em estado de desorganização permanente. Não se esqueça que, simplificar a vida é aproximar-se de si mesmo(a). Será que está preparado(a) para isso? Quer verdadeiramente abrir esse espaço?
Em suma, nós alimentamos o cansaço e o cansaço alimenta-se a si mesmo quando nos recusamos a olhar para aquilo que verdadeiramente está na sua origem. Não vale a pena combater as limitações que encontramos no exterior se não ultrapassarmos primeiro as nossas próprias limitações. Se queremos ultrapassar o cansaço, de uma vez por todas, então temos que o reconhecer como sendo fundamentalmente de origem emocional. E, é aí, nas emoções que o mesmo se trabalha e ultrapassa.
Gostei bastante deste artigo pois é bastante elucidativo, e este cansaço é-me bastante familiar. Grata pelo esclarecimento
ResponderEliminarGrata pelas suas palavras Cláudia. A coragem de olharmos para as coisas como elas são é o primeiro passo. O segundo, é aceitar que podemos escolher coisas diferentes para nós. Abraço,
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