quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Boas Festas!


O Natal é sempre doce quando aprendemos sentir amor por nós, e escolhemos Amar quem nos rodeia. Que cada um possa acender a chama em si, tornando o seu Natal mais caloroso! As melhores das festas para todos! heart emoticon

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O Natal em Nós

Comemorar uma data. ainda que possa servir para pensar, traçar ou celebrar um futuro, remete na grande maioria das vezes para a lembrança de um passado. No aniversário, celebramos o dia em que nascemos. Ainda que nos leve a pensar em todos os dias mais que queremos ter na nossa vida, a verdade é que estamos a festejar os que já passaram. As datas históricas permitem-nos fazer o ponto da situação, pensar no como era antes, no que passou a ser depois, e permitem-nos relembrar acontecimentos que nos trouxeram até ao ponto em que nos encontramos hoje. Com o Natal não é diferente. Mas o Natal, tem o poder mágico de nos transportar ao nosso interior, ao Natal que há em nós. Porque na verdade, não existem dois Natais iguais para ninguém. Esta data, quer queiramos quer não, tira-nos do agora e tem o dom de nos transportar para as nossas vivências de amor, ou falta dele, de alegria, ou de tristeza, leva-nos ao encanto e à ilusão, ou ao medo e à frustração. As luzes, as músicas, as pessoas ou simplesmente um respirar de Natal, e activam-se em nós sentimentos. E de repente, choramos quem queríamos ter ao nosso lado, relembramos o melhor e o pior dos Natais da nossa vida, e por instantes, voltamos a sentir a nossa infância. Inundamo-nos de sensações, que podem ter tanto de rico quanto de angustiante. 

Há quem se irrite com as músicas, quem se enterneça, quem se entristeça e quem se anime. Há quem adore as decorações e o movimento, outros acham esta época pirosa e consumista. Algumas pessoas não param de pensar na trabalheira e na quantidade de coisas para fazer. Outras brilham com a ideia das festas, dos doces e dos presentes. A verdade é que há Natal para toda a gente. Cada um espelhando as nossas vidas (prática, física e emocional). Pode ser melhor ou pior, mais abundante ou em escassez. Mais voltado para o consumo ou solidariedade, mais para a religião ou família. Aceitando-o nas nossas vidas ou rejeitando-o completamente, não podemos sair de casa, ligar a televisão ou pura e simplesmente accionar a memória, sem que ele esteja lá, para como bom espelho que é, nos mostrar um pouco do que temos cá dentro... Para nos mostrar um pouco, o que ainda queremos ter e quem sabe, um dia ainda queremos vir a Ser. 

Se para muitas pessoas o Natal é o confronto entre o desejo e medo de ser feliz, então que esse desejo possa ser mais forte que o medo, para que assim, a cada Natal, possamos estar cada vez mais próximos de nós mesmos e de todas as pessoas que queiramos verdadeiramente ter ao nosso lado.

Boas Festas.

Originalmente publicado no Jornal de "Notícias de Cá e de Lá". Edição de Dezembro