segunda-feira, 25 de maio de 2015

7 razões porque é que é tão difícil mudar!

Para todas as pessoas, e pais em particular, que estão a tentar mudar, deixo-vos aqui este texto publicado originalmente no meu facebook. Pode lê-lo também aqui.
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Porquê que reclamamos muito e mudamos pouco? Já pensou sobre isso? Porque é que às vezes temos este sentimento de desejo de mudança e logo de seguida reprimimo-lo com desculpas, razões e tudo o mais que nos ajude a justificar que continuemos “presos” a situações que não nos fazem bem, ou por vezes até, nos fazem mal. Muitos dos padrões que repetimos nas nossas vidas, são adquiridos nas relações precoces, com os nossos pais, outras vamos desenvolvendo ao longo da nossa vida, construindo fragilidades sobre fragilidades. De repente, percebemos que estamos presos. E acreditamos que já não conseguimos sair.

Porque é difícil mudar?
1.    Temos medo do desconhecido, do que vem a seguir. Mais ainda, medo de não se seguir nada e ficar um vazio. É, fundamentalmente, um problema de imaginação. Porque só conseguimos imaginar a partir do que já vivemos ou já existiu e não conseguimos visualizar algo novo e diferente dos nossos “velhos” padrões.
2.    Aceitar o novo, implica desistir do velho. E a verdade é que o velho, para nós, é também o seguro. Ainda que desagradável ou desconfortável, é seguro. Para algumas pessoas, isso é precioso. O que vem a seguir à decisão de mudança, é uma infinidade de possibilidades. Isso é o melhor do “novo”. É que é uma possibilidade de nos (re)conhecermos e nos (re)construirmos. Assim tenhamos nós a coragem para o fazer.
3.    Achamos que é mais fácil pôr uma coisa antiga a funcionar, do que aprender a “manejar” uma nova. A questão é que se fosse fácil, já estaria a funcionar. Se não dá sinais de melhorar, então talvez tenha chegado a hora de aceitar que é assim que vai continuar a estar - "avariado". Ter medo de não conseguir funcionar com o novo, é como deixar de provar alimentos, que nunca comemos antes, porque não sabemos se os vamos digerir bem.
4.    Por uma espécie de teimosia ou ingenuidade - “Estou há tantos anos a tentar mudar isto (sem sucesso), não vai ser agora que vou desistir”. No entanto, diz um ditado chinês que “insanidade, é repetir várias vezes a mesma coisa e esperar um resultado diferente”.
5.    Achamos que vamos ficar em défice ou perda. Porque não vamos receber daquela situação o que esperávamos receber. Para seguir em frente, é necessário aceitar que já não vamos retirar dali o que idealizámos. E como é difícil aceitar isso! Sentimos que saímos “de cena” com saldo negativo. Isto acontece porque estamos focados no que efectivamente não recebemos. A verdade é que tudo o que de bom e de mau foi vivido, não desaparece. Foi real e gerou sentimentos, emoções e aprendizagens. Estas, vêm connosco, assim como todas as memórias. Neste ponto de vista, estamos,“contas feitas”, sempre a ganhar.
6.    Ficar indefinidamente numa situação, ou num padrão que nos faz mal, é muitas vezes também, ter medo do sucesso. Ou porque achamos que não o merecemos, ou porque achamos que ter sucesso é “demasiada areia para o nosso camião”. Aqui, só uma boa dose de auto-conhecimento e de amor-próprio, podem ajudar.

7.    Porque achamos que somos mais fracos e impotentes, do que o que verdadeiramente somos. E quanto menos nos permitimos colocar-nos à prova, mais cresce este sentimento de incapacidade. Muitas vezes, só quando a própria vida decide lançar-nos um desafio é que descobrimos que afinal até somos capazes de mais. Muito mais!

2 comentários:

  1. Tudo o que suponha/proponha mudancas, que afinal nao eh mais que o processo normal da vida, por ser esta sinonimo absoluto da dinamica permanente, pois, sem este prussoposto nao ha o progresso e a evolucao exigidas e prescritas pelas leis naturais da vida... Mui grato e mantenho aqui meu interesse em acompanhar e em ter chance de acessar aos debates dos temas aqui propostos... Mui Grato / Saudacoes Cordiais / Manuel de Sousa - Luanda - Angola

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    1. Grata pelo seu comentário Manuel. É muito bem vindo a este espaço virtual e sinta-se à vontade para lançar o debate sempre que lhe fizer sentido. Abraço,

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