Um blog sobre psicologia, parentalidade e desenvolvimento pessoal. Aqui poderá encontrar artigos, reflexões e dicas para um "estar" mais pleno, equilibrando e gerindo as emoções na sua vida. Bem-vindo/a.
sexta-feira, 29 de maio de 2015
segunda-feira, 25 de maio de 2015
8 Razões para não Sermos Pais Sedutores
"Nos dias que correm, fala-se muito de comunicação positiva com a criança e do exercício de uma parentalidade com maior respeito pelos filhos e pelas suas necessidades. A forma como os pais exercem o seu papel está, desde há cerca de 50/60 anos, em profunda transformação. O que, com tudo de bom que possa ter (e tem!), traz consigo algumas armadilhas."
Leia o texto na íntegra aqui.
Texto originalmente publicado na Up To Lisbon Kids
Leia o texto na íntegra aqui.
Texto originalmente publicado na Up To Lisbon Kids
7 razões porque é que é tão difícil mudar!
Para todas as pessoas, e pais em particular, que estão a tentar mudar, deixo-vos aqui este texto publicado originalmente no meu facebook. Pode lê-lo também aqui.
-----------------------------
Porquê
que reclamamos muito e mudamos pouco? Já pensou sobre isso? Porque é que às
vezes temos este sentimento de desejo de mudança e logo de seguida reprimimo-lo
com desculpas, razões e tudo o mais que nos ajude a justificar que continuemos
“presos” a situações que não nos fazem bem, ou por vezes até, nos fazem mal.
Muitos dos padrões que repetimos nas nossas vidas, são adquiridos nas relações
precoces, com os nossos pais, outras vamos desenvolvendo ao longo da nossa
vida, construindo fragilidades sobre fragilidades. De repente, percebemos que
estamos presos. E acreditamos que já não conseguimos sair.
Porque é difícil mudar?
1.
Temos medo do
desconhecido, do que vem a seguir. Mais ainda, medo de não se seguir nada e
ficar um vazio. É, fundamentalmente, um problema de imaginação. Porque só
conseguimos imaginar a partir do que já vivemos ou já existiu e não conseguimos
visualizar algo novo e diferente dos nossos “velhos” padrões.
2.
Aceitar o novo, implica desistir
do velho. E a verdade é que o velho, para nós, é também o seguro. Ainda que
desagradável ou desconfortável, é seguro. Para algumas pessoas, isso é
precioso. O que vem a seguir à decisão de mudança, é uma infinidade de
possibilidades. Isso é o melhor do “novo”. É que é uma possibilidade de nos
(re)conhecermos e nos (re)construirmos. Assim tenhamos nós a coragem para o
fazer.
3.
Achamos
que é mais fácil pôr uma coisa antiga a funcionar, do que aprender a “manejar”
uma nova. A questão é que se fosse fácil, já estaria a funcionar. Se não dá
sinais de melhorar, então talvez tenha chegado a hora de aceitar que é assim
que vai continuar a estar - "avariado". Ter medo de não conseguir
funcionar com o novo, é como deixar de provar alimentos, que nunca comemos
antes, porque não sabemos se os vamos digerir bem.
4.
Por uma espécie de teimosia
ou ingenuidade - “Estou há tantos anos a tentar mudar isto (sem sucesso),
não vai ser agora que vou desistir”. No entanto, diz um ditado chinês que
“insanidade, é repetir várias vezes a mesma coisa e esperar um resultado
diferente”.
5.
Achamos que vamos ficar em défice
ou perda. Porque não vamos receber daquela situação o que esperávamos
receber. Para seguir em frente, é necessário aceitar que já não vamos retirar
dali o que idealizámos. E como é difícil aceitar isso! Sentimos que saímos “de
cena” com saldo negativo. Isto acontece porque estamos focados no que
efectivamente não recebemos. A verdade é que tudo o que de bom e de mau foi
vivido, não desaparece. Foi real e gerou sentimentos, emoções e aprendizagens.
Estas, vêm connosco, assim como todas as memórias. Neste ponto de vista,
estamos,“contas feitas”, sempre a ganhar.
6.
Ficar indefinidamente numa situação, ou num padrão que nos faz
mal, é muitas vezes também, ter medo do
sucesso. Ou porque achamos que não o merecemos, ou porque achamos que ter
sucesso é “demasiada areia para o nosso camião”. Aqui, só uma boa dose de
auto-conhecimento e de amor-próprio, podem ajudar.
7. Porque
achamos que somos mais fracos e
impotentes, do que o que verdadeiramente somos. E quanto menos nos
permitimos colocar-nos à prova, mais cresce este sentimento de incapacidade.
Muitas vezes, só quando a própria vida decide lançar-nos um desafio é que
descobrimos que afinal até somos capazes de mais. Muito mais!
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Birras com Gritos Muito Intensos - como lidar com isso.
Antes de mais, é importante dizer que os gritos são uma manifestação
frequente das birras. O grito, é na realidade uma manifestação da própria vida
em si, de força, de intensidade, vitalidade e desejo de viver e ser livre. A
verdade é que é para nós adultos, já "socializados" e obrigados desde
cedo a controlar os nossos impulsos e manifestação emocionais, muito difícil
gerir e acolher os gritos dos nossos filhos. Olhamos para os gritos como algo que
incomoda, que perturba os outros e a nós mesmos. Algo intenso, que deve ser
controlado desde logo. Na verdade, é uma questão cultural também. Noutros
contextos culturais, os gritos fazem parte de rituais e festas. E, enquanto que
por cá choramos baixinho, noutros países, um funeral sem gritos de dor bem
audíveis, não é um funeral digno.
Ainda assim, não quer dizer que não possamos debruçar-nos sobre o assunto e
tentar perceber se, efectivamente, é possível ou desejável fazer alguma coisa.
Antes de mais, é importante começar pela prevenção (ler algumas estratégias aqui). Isso vai permitir
diminuir a frequência das birras e, eventualmente, reduzir a sua
intensidade (esta última não é garantida). Em segundo lugar, é preciso entender
a razão pela qual o seu filho escolhe especificamente os gritos intensos como
"ponto forte" das suas birras. Podemos pôr algumas hipóteses:
- É uma questão de temperamento da própria criança e
está enquadrado nesta etapa das birras de forma natural.
- É resultado da forma de comunicação que tem em casa. Se
estiver rodeado de uma comunicação muito agressiva e com muitos gritos, a
criança exterioriza depois toda essa tensão gritando ela também.
- É resultado da vivência das emoções na estrutura familiar. Por
exemplo, pais que carregam emoções negativas e que as retraem no seu dia-a-dia,
podem ver a criança manifestá-las no seu lugar (de forma mais descontrolada
porque são demasiado pesadas para ela). Raiva, frustração e/ou depressões
latentes nos pais, podem ser alguns exemplos.
- A criança grita porque resulta. Isto quer dizer que os pais, de
alguma forma ou cedem ao pedido (mesmo que seja muito raramente) ou ficam
focados na criança (o que é um ganho secundário da birra). Sendo assim, mesmo
que o processo ocorra de forma inconsciente na criança, ela tende a usar as
estratégias que são, ainda que sem querer, reforçadas pelos pais.
- Os gritos tocam numa sensibilidade natural dos pais. Estes,
reagem intensa e emocionalmente, fixando, ainda que sem querer, a criança
naquele comportamento. Neste caso, quer dizer que a criança
encontrou algo a que os pais ou um dos pais é particularmente sensível. Este
processo é inconsciente para ambos. Por um lado, a criança sente que a mãe/pai
reagem de forma diferente quando surgem os gritos. E da parte dos pais, a
reacção é mais intensa precisamente por ter essa sensibilidade. A causa dessa
sensibilidade normalmente pertence ao passado dos pais. O segredo está em
perceber porque é que é tão difícil para os pais ouvir os gritos do seu filho.
O que é que isso lhes recorda? Em quê que isso mexe com os adultos? Quando eram
pequenos gritavam? Como reagiriam os seus próprios pais se gritasse daquela
maneira? Tinham liberdade para expressar livre e intensamente a zanga e a
frustração? Estes impulsos eram imediatamente reprimidos?
Há que referir que estas são algumas hipóteses, existem outras e servem
apenas para que os pais possam acima de tudo perceber o que é que está em jogo
naqueles momentos. Quando as causas são externas, então devem ser trabalhadas e
mudadas de forma a libertar a criança de algo que não é dela. Aí passará a
viver as birras de forma mais livre e dentro daquilo que lhe é natural (sim...
as birras não desaparecem magicamente). Se a razão por detrás dos gritos for o
temperamento da criança, e a forma como esta exterioriza a frustração, a zanga
e/ou tristeza, então aí, a sugestão será ajudá-la a transformar essa forma de
reagir, noutra mais "evoluída" e que a família possa aceitar
melhor.
As estratégias:
1. Aceitar a criança tal como ela é e entender que naquele
momento, está a lidar com emoções que ainda não consegue gerir e que a deixam
desestabilizada e/ou até descontrolada. Ou seja, evite gritar, insultar, ameaçar,
castigar.
2. Acolher a energia que ela está a libertar através dos
gritos, choro, etc. Para isso é importante perceber o que é que aquele momento
representa para nós também.
3. Seja o que for que tenha decidido, proibido, negado à criança e que
tenha desencadeado a situação, mantenha-se firme e não ceda.
Não é isso que a criança precisa de si. Precisa sim de perceber que os pais
podem ser firmes mas sem ficarem eles mesmos desestabilizados e agressivos.
4. Diga-lhe que com gritos e choro não consegue entender o que ela está a
dizer e que, por isso, vai esperar que
ela se acalme para poderem conversar. Diga isto de forma firme mas calma e
depois evite continuar a falar (isso alimenta a continuidade e intensidade do
momento).
5. Fique por perto, mesmo que
decida levá-lo para o quarto por exemplo, fique com ele. Mas não interaja com a
criança até que esteja mais calma.
6. Depois da criança estar calma, aí sim poderá conversar. Diga-lhe o que sentiu, e dê-lhe espaço para fazer o
mesmo. Explique que quando está no momento da "birra" não consegue
ajudá-lo e só pode esperar que se acalme. Que a birra não serve para que mude
de ideias, mas que entende que seja a forma que tem de mostrar que está
zangado. Diga-lhe que no entanto, existem outras maneiras de mostrar que se
está zangado que podem ser melhores para todos.
7. No momento em que já é possível conversar com a criança, pode ser
necessário dizer-lhe que a birra vai ter consequências.
Estas devem ser lógicas e associadas ao acontecimento. Por exemplo, se a birra
acontece de manhã porque a criança não quer desligar a televisão para ir para a
escola, então pode fazer sentido que na manhã seguinte não haja televisão. Para
que continue a haver, é importante que a criança faça a sua parte de a desligar
na hora combinada.
Desta forma, os pais vão ajudar a que a criança, gradualmente, encontre
outras formas de se manifestar. Ao mesmo tempo, é importante entender que
naquele momento ela ainda tem muita dificuldade em lidar com determinadas
emoções e principalmente com a frustração. Mas se os pais não cederem, vai
aprender que as consegue gerir cada vez melhor. Para isso, é também importante
que os pais valorizarem os momentos em que os filhos conseguem acalmar-se e/ou
sempre que estes usarem outras formas de agir.
sexta-feira, 15 de maio de 2015
Os 3 Grandes Erros da Escola
"Sou mãe de uma menina de quase 3 anos, que ainda só frequenta a creche. No entanto, hoje a minha preocupação com o sistema escolar ultrapassa já a dimensão profissional, sendo também uma preocupação de mãe. Porquê tão “cedo”? Primeiro, porque sei que uma estrutura como o sistema escolar, leva tempo a mudar. Segundo, porque a escola dos dias de hoje espelha a forma como as sociedades olham para as suas crianças, para o seu presente e para o seu futuro."
Leia o texto na integra aqui
Texto originalmente publicado na Up To Lisbon Kids
Leia o texto na integra aqui
Texto originalmente publicado na Up To Lisbon Kids
Subscrever:
Mensagens (Atom)